Alunos do CEEP Agonalto Pacheco da Silva exploram o mundo da biotecnologia por meio da produção de iogurte caseiro

Por Arthur Dias/ Estágiario
Fonte: Ascom/ Seduc

A experiência laboratorial estimula o aprendizado e ressalta a importância de vivências práticas para a formação profissional dos estudantes

 

A turma do 3º ano do Ensino Médio integrado do curso Técnico em Alimentos do Centro Estadual de Educação Profissional Agonalto Pacheco da Silva, localizado em Neópolis, circunscrito à Diretoria Regional de Educação 6, presenciou uma experiência educativa incrível e saborosa.  Durante a segunda e a terça-feira desta semana, 21 e 22, os alunos tiveram a oportunidade de produzir iogurte caseiro a partir das técnicas associadas à fermentação lática natural, os microrganismos envolvidos, as reações que ocorrem, os produtos das reações e quais alimentos são obtidos por meio desse processo. Dois dias foram necessários para este experimento por conta do tempo da fermentação do leite que dura, em média, oito a doze horas.

 

A aula foi ministrada pela professora da disciplina Biotecnologia de Alimentos do Agonalto Pacheco, Lise Soares, que exaltou, acima de tudo, a importância de atividades práticas laboratoriais. Elas instigam os alunos a participarem com mais efetividade e despertam dúvidas que muitas vezes não aparecem em sala. “É perceptível que eles gostam muito de estar no laboratório executando aquilo que aprenderam, pois muitas vezes o conhecimento teórico parece distante da realidade.” Além disso, ela ressaltou que essas vivências fazem com que os estudantes percebam que existe futuro profissional nas áreas estudadas no curso.

 

A professora explicou o passo a passo de como o iogurte é feito para os alunos. “Para produzir o iogurte, utilizou-se o leite UHT e fermento vivo. No caso utilizamos o iogurte natural, pois ele tem os lactobacilos que são os microrganismos envolvidos nessa reação. Como utilizamos o leite processado e a quantidade de gordura presente nele é de 3%, foi necessário utilizar um litro de leite para 320 gramas de fermento, para também dar a consistência de iogurte no fim. Antes da fermentação, o produto tem consistência líquida. No outro dia, após a fermentação, o iogurte estava pronto com a cremosidade ideal”, explicou Lise.

 

Os estudantes não apenas observaram a transformação dos ingredientes, mas também entenderam os processos biotecnológicos envolvidos na produção do iogurte. Além disso, os alunos também colocaram a mão na massa – ou melhor, no iogurte – e demonstraram tudo aquilo que aprenderam durante as aulas da matéria.

 

A aluna Erica Bastos, de 17 anos, relatou que foi a sua primeira experiência de exercícios aplicados na disciplina e que a aula contribuiu muito para o seu crescimento tanto pessoal, quanto profissional. “Isso só fez com que a gente se apaixonasse ainda mais pelo curso e também por nossa profissão”, disse a estudante.

 

Ao fim de todo o desenvolvimento do iogurte, a professora pediu que os alunos provassem o produto em dois momentos. O primeiro foi degustar a bebida natural, sem a adição de açúcares e com o gosto mais acidificado para depois, na segunda etapa, adicionarem refresco em pó. "Quando colocamos o sabor morango, todo mundo tomou e repetiu. Não sobrou nada”, citou Lise Soares.

 

O diretor do colégio Agonalto Pacheco, Diego Silveira, também fez questão de destacar a relevância dos ensinamentos que unem a parte teórica e prática, ainda mais por se tratar de uma escola técnica profissionalizante. “As aulas práticas na nossa unidade facilitam o processo de ensino-aprendizagem e é através delas que os alunos são incentivados a assimilar melhor o conteúdo”, encerrou.  

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