Alunos, professores e funcionários destacam Conselho Escolar como essencial na construção de uma escola para todos

Por Ítalo Marcos
Fonte: ASCOM / SEED

Segunda matéria da série "Meu Conselho Escolar, a Secretaria de Estado da Educação mostra as atividades do colegiado das unidadades estaduais Eduardo Silveira (Itabaiana) e Alcebíades Paes (Cumbe). 

 

Por Ítalo Marcos

 

Uma escola feita por todos e para todos. Assim é o modelo ideal de gestão das unidades de ensino, idealizado por estudantes, professores, funcionários, pais de alunos e comunidade. E, para que essa ideia seja concretizada, das 355 escolas estaduais, 350 unidades de ensino de Sergipe possuem o Conselho Escolar, um colegiado formado por membros de diversos segmentos e que tem como objetivo auxiliar a gestão escolar nas tomadas de decisões administrativas, financeiras e pedagógicas.

 

Fazem parte do Conselho Escolar representantes de alunos, pais, professores, servidores da escola, comunidade local e o diretor da unidade de ensino. Os conselheiros são escolhidos para um mandato de três anos, através de eleição, exceto o gestor escolar, que é membro nato.

 

Os membros do Conselho Escolar são unânimes em dizer que o colegiado faz com que a gestão das unidades de ensino seja democrática, feita por todos. Exemplo disso acontece no Colégio Estadual Eduardo Silveira, em Itabaiana, cuja composição atual do conselho teve início em outubro de 2017.

 

A diretora, Janice de Jesus Sampaio, destaca que lá todos têm direito de expor suas ideias em busca de um espaço social democrático de direito. "Quando o diretor da escola interage com os seus conselheiros, as coisas fluem. Esse foi um dos maiores bens para as unidades de ensino estaduais, porque a direção não está pensando sozinha sobre os destinos da escola, mas está pensando junto com os outros membros em tudo o que se refere aos aspectos financeiros, pedagógicos, à estrutura e funcionamento da unidade escolar", disse.

 

Segundo a diretora, os membros do conselho da se preocupam em melhorar tudo o que se refere à escola, desde a aprendizagem e formação intelectual do educando, até problemas estruturais, como o mato que está nascendo na frente do colégio. "São pessoas que têm compromisso e querem que a escola seja valorizada. Eles participam de forma ativa, opinam, dão ideias, dialogam e, assim, vamos conduzindo a educação", declarou Janice Sampaio.

 

Gilza Cardoso faz parte do Conselho Escolar do Colégio Estadual Eduardo Silveira e representa os funcionários. Ela afirma que a existência desse colegiado só traz benefícios à gestão. "É um incentivo para que a gente possa fazer um bom trabalho e obter bons resultados. Como a escola tem poucos funcionários, a gente sempre tenta trabalhar em conjunto", afirmou.

 

Já Nicéa Mendonça representa os professores e declarou que é importante ter voz ativa nas decisões. "Eu quis participar porque nessa escola, há muito tempo, existia o conselho, mas não funcionava. Agora a gente tem acesso à gestão, pode questionar, participar. A direção sempre pede a opinião de todos em relação aos projetos da escola", disse.

 

Os alunos também são beneficiados ao participarem do Conselho Escolar, pois passam a ter voz presente nas decisões e protagonistas das decisões. O estudante, Felipe Gabriel, destacou que a partir da inclusão dos conselhos, melhorias aconteceram na escola. "Temos garantida a opinião de todos sobre cada coisa que acontece na escola e temos ciência de tudo o que está acontecendo, como os recursos que entram e como estão sendo aplicados. Observamos aqui, no Colégio Estadual Eduardo Silveira, melhoras na alimentação, estrutura da escola, nos livros. Isso é bem explícito na vida da gente", afirmou.

 

Participação nas decisões

 

No Colégio Estadual Alcebíades Paes, no município de Cumbe, a atuação do conselho também garante a participação de todos nas decisões. A atual formação do colegiado existe desde 2017.

 

O professor de Educação Física, André Luís Tavares, é o presidente do conselho e representa os educadores da unidade de ensino. "É uma maneira de os professores, funcionários e alunos se manifestarem sobre as necessidades que a escola tem. Antes disso, o colégio era gerido pela direção e coordenação, e todo mundo ficava à parte das decisões. Agora tudo é debatido e avaliado por todos", disse.

 

Ainda, segundo ele, os pais de alunos são muito atuantes e cobram bastante da escola, principalmente na parte pedagógica. O vigilante José Humberto, que representa os funcionários, disse ter visto muitas melhorias, principalmente nos horários letivos, uso da farda, transporte, merenda, entre outras. "Há muitos anos faço parte do conselho escolar. Nunca abri mão disso porque, como funcionário, sempre quis participar de tudo na escola. A relação entre todos é muito boa e vejo uma mudança para melhor", declarou.

 

O diretor, Thiago Andrade Menezes, afirmou ser muito benéfica uma gestão escolar feita em conjunto. "É importante ouvir o que eles tanto querem. Se eu tomo uma decisão sozinho, estou fazendo uma escola para mim e não incluindo todos. O aluno, quando participa, se sente mais importante, sabe que sua opinião está sendo ouvida. A gestão feita com clareza dá mais resultado", disse, ressaltando também que os alunos procuram os seus direitos por meio do conselho escolar. Ele lembrou ainda que, apesar de as decisões serem tomadas pelos membros do conselho, todos os alunos têm o direito de assistir às reuniões e dar opinião. 

 

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