Cienart 2021: 10ª Feira Científica de Sergipe apresenta 61 trabalhos a partir dessa segunda-feira, 1º

Por Francimare Araújo
Fonte: Ascom/ Seduc

Desse total, 52 são projetos científicos elaborados por equipes de escolas estaduais. Resultado final será divulgado na sexta, 6 de março.

 

Começa neste domingo, 28 de fevereiro, e segue até o dia 6 de março a 10ª Feira Científica de Sergipe (Cienart). Este ano, a Feira ocorrerá de forma virtual devido à pandemia da covid-19, por meio do canal do YouTube https://www.youtube.com/channel/UCO192OIpoZ0gRkgyi8CrJPA. As apresentações acontecerão a partir da exposição de banners e vídeos, que serão avaliados pelos pesquisadores de Sergipe a pontuarem os trabalhos a partir de segunda-feira, 1º.

 

A feira avalia e premia os estudantes e professores que desenvolveram projetos nas unidades escolares em três modalidades: Artes (Música, Teatro ou Dança com a temática da Ciência e Tecnologia) nas escolas públicas e particulares do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e Ensino Médio; todas as áreas das Ciências nas escolas públicas e particulares do 6º a 9º ano do Ensino Fundamental; e todas as áreas das Ciências nas escolas públicas e particulares do Ensino Médio. 

 

Em 2021, 61 projetos serão avaliados, dentre os quais 52 são oriundos da Rede Pública Estadual de Ensino. Com a suspensão do evento na forma presencial, quando ocorria a cada ano no mês de outubro em alusão à Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, as equipes apresentam os trabalhos, já disponíveis no site para visualização https://cienart-virtual.academico.ufs.br/in%C3%ADcio nas sessões “C&T 6º ao 9º ano, C&T Ensino Médio e Artes”. Uma banca avaliadora formada por pesquisadores nas diferentes áreas do conhecimento vai pontuar as equipes segundo critérios da Cienart.

 

A programação será iniciada no dia 28 de fevereiro, com a apresentação de um vídeo explicativo a respeito do novo formato e boas-vindas a todas as equipes. Já no dia 1º de março, a partir das 8h30, os grupos farão as apresentações dos trabalhos em salas virtuais por meio do Google Meet. De acordo com Eliana Midori Sussuchi, coordenadora da Cienart, a avaliação dos trabalhos na Feira é feita pela análise do banner eletrônico, vídeo do trabalho e entrevista com as equipes. 

 

A entrevista no Google Meet será realizada em períodos de 1h30, durante os quais até quatro equipes irão se apresentar para a banca de avaliadores na mesma sala. As equipes terão cinco minutos para apresentar o trabalho, e os avaliadores terão aproximadamente 15 minutos para fazerem perguntas. Os orientadores também podem e devem estar presentes, mas o projeto deve ser apresentado e discutido exclusivamente pelos estudantes. 

 

A equipe formada pelos estudantes do Centro de Excelência Professor Gonçalo Rollemberg Leite, unidade que oferta o Ensino Médio em Tempo Integral, localizada no bairro Grageru, em Aracaju; Emanuel Vitor, Laís Yvinne, Raquel França e Rodrygo Manoel, sob a coordenação da professora Maria Cláudia Carneiro e o apoio dos residentes do Instituto Federal de Sergipe (IFS), já se prepara para defender o trabalho desempenhado durante a I Mostra Científico-Tecnológica do Gonçalo (MOCITEG). 

 

Segundo Maria Rosa Melo Alves, coordenadora pedagógica do Centro de Excelência Professor Gonçalo Rollemberg Leite, que realizou a inscrição da equipe na Cienart, o projeto nasceu a partir de aulas práticas experimentais de Matemática, Física, Química e Biologia. “A professora de química, Cláudia Carneiro, foi a coordenadora do projeto. Ela fez uma coletânea de todas as práticas experimentais que foram realizadas ao longo do ano com os estagiários do IFS e os nossos estudantes, e nós fizemos essa Mostra que foi muito legal”, disse. 

 

Para a I Mostra Científico-Tecnológica do Gonçalo acontecer, os alunos do Ensino Médio Integral, juntamente com os residentes do IFS, e a professora Cláudia Carneiro realizaram reuniões de alinhamento dos temas, selecionaram as práticas experimentais, além de desempenhar a distribuição e divisão de temas e experimentos por turma. O resultado do projeto será conferido durante a Cienart Virtual, cuja produção suscitou um trabalho coletivo plural e lúdico. O resultado final será divulgado no último dia da Feira Científica, 6 de março.

 

Cienart

 

A Feira Científica de Sergipe (Cienart) é uma iniciativa conjunta da Associação Sergipana de Ciência (ASCi), Universidade Federal de Sergipe (UFS) e Instituto Federal de Sergipe (IFS), com apoio da Secretaria de Estado da Educação, do Esporte e da Cultura. 

 

A Cienart reúne, anualmente, cerca de cinco mil pessoas no espaço da Universidade Federal de Sergipe. São pesquisadores, professores, estudantes da Educação Básica e das Universidades, trocando experiências e popularizando a Ciência, a Tecnologia, as Artes e a Inovação produzidas no estado. Porém, em 2020 a Feira não ocorreu por determinação do Governo de Sergipe, em respeito aos protocolos sanitários recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Em 2021 acontece de forma híbrida, ou seja, presencial e remotamente.

 

Na última edição, realizada em 27 de outubro de 2019, o grande vencedor na categoria Ensino Médio da rede estadual de ensino foi o Centro de Excelência Dom Luciano José Cabral Duarte, com o trabalho “Produção de hidratante, a cosmetologia sem mistérios: o uso do amendoim”. O projeto foi desenvolvido por um grupo de alunos do 2º ano, orientados pelo professor Antônio Hamilton dos Santos, e teve como objetivo elaborar um creme hidratante, utilizando-se óleo de amendoim de duas variedades diferentes, amendoim branco e vermelho. A obtenção dos óleos brutos de amendoim foi realizada por meio de extração contínua (soxhlet) utilizando hexano como solvente.

 

Em segundo lugar na categoria Ensino Médio ficou o Colégio Estadual Dr. Antônio Garcia Filho, localizado em Umbaúba. Com a orientação da professora de Química, Darcylaine Vieira Martins, o grupo apresentou o trabalho intitulado “Casa de farinha: a contextualização do ensino de química a partir da produção de mandioca em Umbaúba”. O projeto buscou resgatar conceitos químicos presentes na produção da farinha de mandioca, tanto para exemplificar conteúdos de Química Orgânica e Ambiental, como para observar a comunidade onde os alunos vivem, tornando os conteúdos didáticos mais compreensíveis e motivadores. Foram realizadas visitas às casas de farinha pelo município para pesquisas de campo, onde os alunos perceberam a problemática no acúmulo das cascas da mandioca, seguidas de pesquisas bibliográficas em sites da internet e, por último, a experimentação para transformar as cascas do tubérculo em embalagens sustentáveis. 

 

O terceiro colocado na categoria Ensino Médio foi o projeto “Plastleite”, do Colégio Estadual Dom Juvêncio de Britto, de Canindé de São Francisco, coordenado pelo professor Alex Alves Cordeiro. Através dele, foram realizadas práticas experimentais que consistiram na retirada da proteína caseína e, através de processos físico-químicos, obteve-se um bioplástico feito a partir do soro de leite, abrindo a possibilidade para o desenvolvimento e utilização de filmes comestíveis e biodegradáveis.

Notícias Anteriores