Diálogo com o Secretário: diretores escolares do Baixo São Francisco se reunem para debater indicadores pedagógicos

Por Francimare Araújo
Fonte: Ascom/ Seduc

Nesta sexta-feira, 03, os gestores escolares das unidades circunscritas à Diretoria Regional de Educação 6, no território do Baixo São Francisco, participaram do “Diálogos com o secretário”, oportunidade criada pelo professor Josué Modesto dos Passos Subrinho para apresentar os indicadores escolares de cada uma das unidades de ensino.   

 

A ação faz parte do 3º ciclo de encontros, e além dos diretores escolares, contou com a participação do gestor da Diretoria Regional de Educação 6, Max Cardoso; do chefe da Assessoria do Desenvolvimento Institucional e Monitoramento de Políticas Educacionais (ADIMPTE/Seduc), professor Cláudio Macedo, e do assessor pedagógico do Departamento de Educação (DED/Seduc), Erbson Rodrigues. 

 

Como de costume, o secretário Josué Modesto iniciou as reuniões apresentando o conceito de uma “escola boa”, cujo pressuposto atende a alguns critérios de indicadores pedagógicos. “Uma escola boa teria de ter, necessariamente, um índice de zero por cento na distorção idade-série e de número de alunos em risco escolar; além de apresentar cem por cento dos diários eletrônicos preenchidos; e cem por cento dos alunos do 2º ano em níveis aceitáveis de leitura”, disse. Um dos principais pontos apresentados pelo secretário foram os dados da distorção idade-série na rede estadual. 

 

“Nos anos iniciais do ensino fundamental, em 2019, Sergipe ocupava o 19º lugar na distorção idade-série, passando para a 16ª posição em 2021. No ano atual, até o mês de maio, estamos apenas com 9% dos nossos alunos nessa situação. Tivemos uma evolução animadora e esperamos continuar”, declarou Josué Modesto. Ele também mostrou o progresso desses índices nos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio. 

 

Para o professor Josué Modesto, três motivos principais levaram a rede estadual a melhorar a situação da distorção idade-série: o número de alunos matriculados no Programa Sergipe na Idade Certa (que em 2019 estava em 2% e agora está em 43%), o número de alunos matriculados na Educação de Jovens e Adultos (que saltou de 56% em 2019 para 69% em maio deste ano) e o número de estudantes no Ensino Médio em Tempo Integral (que em 2019 era de 15% e agora está em 27%). 

 

Com o objetivo de avaliar os indicadores pedagógicos das escolas estaduais localizadas no Baixo São Francisco junto aos diretores escolares e do gestor da DRE 06, o secretário também promoveu um momento de reflexão das metas e das ações a serem empreendidas pelas unidades de ensino. Para Max Cardoso, o diálogo direto e aberto com os diretores escolares proporciona celeridade na articulação de soluções para os desafios enfrentados nas unidades de ensino. 

 

“O professor Josué Modesto é muito aberto aos diretores escolares para ouvir diretamente dos gestores como estão os indicadores, quais são os problemas enfrentados nas escolas. Dessa forma, vamos dar seguimento às ações que estão ocorrendo em nossas escolas e aguardar os efeitos delas mais adiante. O preenchimento integral dos diários eletrônicos é o nosso maior desafio, porém esse indicador tende a melhorar após reuniões e muito diálogo que os gestores escolares estão realizando nas unidades de ensino em que atuam”, relatou Max Cardoso. 

 

No Centro de Excelência Marechal Pereira Lobo, unidade que oferta o Ensino em Tempo Integral, localizado em Neópolis, alguns desafios são identificados a partir da não adesão de estudantes em distorção idade-série ao Ensino de Jovens e Adultos na etapa do Ensino Médio; e em função da falta do preenchimento dos diários eletrônicos. “O diário eletrônico é o instrumento do professor, antes impresso, hoje eletrônico, então eles precisam preencher e estamos buscando o diálogo com ele para que possamos ajustar o preenchimento. Já aos alunos que chegam com distorção idade-série recomendamos a EJAEM, mas eles têm uma visão diferente e preferem não aderir”, disse. 

 

Os indicadores de distorção idade-série de cada uma das 21 unidades de ensino que participaram da reunião demonstram melhorias quando a escola consegue montar turma do Programa de Correção de Fluxo Sergipe na Idade Certa (Prosic). Esse é o caso do Colégio Estadual Prof. Antônio Calixto de Figueiredo Cruz, em Ilha das Flores. “Com as turmas de duas etapas do Prosic aqui na escola conseguimos reduzir o indicador de distorção idade-série. Dessa forma, cumprimos a meta de reduzir esse indicador, mas ainda temos algumas dificuldades em relação ao preenchimento dos diários porque a dinâmica para montar horário de professores que atuam em três escolas, por exemplo, é muito desafiador”, citou. 

 

No Centro de Excelência Josino Menezes, unidade que oferta o Ensino em Tempo Integral, no município de Japoatã, o diretor José Antônio Santos explica que a estratégia de busca ativa escolar é periódica, objetivando resgatar os alunos. “Estamos intensificando a busca ativa com os alunos em situação de risco escolar ao tentar conversar com os pais e responsáveis. Além disso, fizemos um levantamento com a situação de cada professor referente ao diário eletrônico e realizamos reuniões de orientação. Agora entramos na fase de notificar, como uma forma de lembrá-los da necessidade de preencher os diários eletrônicos”.

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