Obras de modernização e ampliação do Colégio Estadual João Fernandes de Britto estão em ritmo acelerado

Por Silvio Oliveira
Fonte: Ascom/ Seduc

 

A rede pública estadual de Propriá ganhará uma nova escola, preservando a história e ampliando com a construção de uma quadra multiuso coberta e com vestiários

 

Há exatos três meses, o governador Fábio Mitidieri e o secretário de Estado da Educação e da Cultura, Zezinho Sobral, assinaram a ordem de serviço da reforma, modernização e ampliação do tradicional Colégio Estadual Cel. João Fernandes de Brito, em Propriá, orçada em R$ 3.599.220,21. Nesta terça-feira, 21, o secretário Zezinho Sobral retornou ao canteiro de obras e vistoriou a demolição e remoção de paredes, a construção de estruturas, o revestimento, a cobertura do novo telhado e o terreno, que ganhará nos próximos dias uma moderna quadra poliesportiva coberta e com vestiários. 

 

“Viemos olhar como está a obra. Estou feliz e queria registrar que todos os funcionários estão trabalhando com EPIs; várias frentes de serviços, todas elas produzindo; uma obra limpa, com qualidade de material. Quando têm bons executores, as obras públicas andam com qualidade. Que a empresa entregue antes mesmo do tempo previsto”, destacou o secretário, Zezinho Sobral. 

 

A previsão é de que a obra seja finalizada em 26 de março de 2024, dentro do período do centenário da escola. “Teremos uma escola habilitada para os padrões do século XXI, podemos assim dizer, com a acomodação dos alunos em uma estrutura física capaz de comportar os novos modelos de ensino do Estado e do Brasil”, destacou Sobral.

 

Em Propriá, além de sediar a Diretoria Regional de Educação do Baixo São Francisco (DRE 6), a rede pública estadual é composta por seis escolas estaduais com um coletivo de alunos composto por 2.421 matriculados. No Colégio Estadual Cel. João Fernandes de Britto, conhecido como “Estadual”, são 732 alunos que provisoriamente estão lotados no prédio da antiga Escola Técnica de Comércio de Propriá. 

 

Patrimônio e história

 

A reforma preserva a fachada histórica que data em seu início de construção de 1923, no período do governo Graccho Cardoso, considerado um visionário e progressista para a educação sergipana. A edificação histórica apresenta os traços das obras de Graccho Cardoso (1922 a 1926), permanecendo o estilo padronizado, sempre identificado por ‘águias’ de cimento colocadas, ora no frontão central dos prédios, ora nas suas extremidades.

 

O então grupo escolar foi construído num momento histórico em que o governo sergipano buscava adequar a educação sergipana composta pelas escolas denominada de isoladas a uma nova realidade brasileira dos grupos escolares. 

 

Segundo a historiadora Crislaine Barbosa Azevedo, em seu livro “A Modernidade no Governo Graccho Cardoso e a Reforma Educacional de 1924 em Sergipe”, dentre os grupos escolares de Sergipe que têm a mesma estrutura, “em março de 1923, foi inaugurado o Grupo Escolar Gumersindo Bessa, em Estância; em julho desse mesmo ano, o Grupo Escolar Sílvio Romero, em Lagarto; e em setembro, o Grupo Escolar Vigário Barroso, na cidade de São Cristóvão”. 

 

A pesquisadora ainda completa que a partir de 1923, também foram construídos o Fausto Cardoso (Simão Dias), João Fernandes de Brito (Propriá), Olympio Campos (Neópolis) e, na capital, os grupos escolares Manuel Luís e José Augusto Ferraz. Além disso, construiu as Escolas Reunidas Severiano Cardoso (Boquim) e Esperidião Monteiro (Santo Amaro). 

 

“A preocupação com a construção dos edifícios escolares denotava uma busca do administrador público pela influência de representações sobre educação e modernidade para além dos muros das instituições. A arquitetura deveria abarcar valores de ordem e disciplina, constituindo-se em signo de modernização do ensino”, destaca a autora Crislaine Barbosa Azevedo. 

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