Oficina sobre culinária de axé integra ações de educação antirracista no Centro de Excelência Jonas Amaral

Por Michele Becker
Fonte: Ascom/ Seduc

Projeto se propõe a realizar uma imersão na culinária afro-brasileira para desenvolver conhecimentos e fortalecer a autoestima e a identidade dos estudantes

 

Promover uma educação inclusiva e culturalmente responsiva, que reconheça e valorize a diversidade étnico-cultural do Brasil, contribuindo para a formação de cidadãos críticos e conscientes de sua história e identidade. Foi partindo deste princípio que alunos do Centro de Excelência Jonas Amaral, em Nossa Senhora do Socorro, participaram, no dia 20 de abril, de uma oficina prática sobre Culinária de Axé. A atividade faz parte do ‘Projeto Café com Ciência Negra’, desenvolvido pela professora de História, Adinagruber da Conceição Lima, com parceria da Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe (Fapitec) e da Secretaria de Estado da Educação e da Cultura (Seduc). Ele também integra as ações na unidade escolar para uma educação antirracista.

 

De acordo com a idealizadora do projeto, este surge da necessidade de valorizar a diversidade cultural brasileira e sergipana para reconhecer e celebrar as contribuições da culinária de axé para a identidade brasileira. Além disso, propõe-se a realizar uma imersão na culinária afro-brasileira para desenvolver conhecimentos e fortalecer a autoestima e a identidade dos estudantes, conectando-os com suas raízes ancestrais.

 

“Nosso objetivo é promover a valorização da culinária de axé como patrimônio cultural brasileiro, por meio de experiências educativas e práticas culinárias. Além disso, pretende-se compreender a importância da culinária de axé na formação da identidade brasileira, explorar as técnicas culinárias tradicionais afro-brasileiras, reconhecer os ingredientes e especiarias típicos da culinária de axé, promover o respeito e a valorização da diversidade cultural e estimular o protagonismo juvenil por meio da vivência prática na cozinha”, explica Adinagruber.

 

Outras metas pretendidas com o desenvolvimento do projeto são: sensibilizar os estudantes sobre a importância da preservação da cultura de axé, desenvolver habilidades culinárias e promover a autonomia na cozinha, e fomentar a troca de saberes e a valorização da herança cultural africana. Para tanto, o projeto foi pensando em três momentos: o primeiro ocorreu em novembro de 2023, com a palestra da Afro Chef Bianca Oliveira, da Casa do Dendê, sobre a história e significado da culinária de axé e história de vida; o segundo momento buscou fortalecer a vivência prática de preparo de pratos típicos; já o terceiro momento diz respeito à palestra ‘Educação e diversidade na África’, ministrada pelos professores Dulcídio Cossa, Maria Bracks Fonseca e Mohamed Yassin.       

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