Por Lívia Lessa
Fonte: ASCOM / SEED
Por Lívia Lessa
Com o objetivo de promover a valorização da cultura e com o propósito de atender o que determina a Lei 10.639/2003 no tocante ao ensino dos temas relacionados à cultura africana, as unidades escolares da rede pública estadual na capital e no interior realizam diversos projetos pedagógicos para celebrar o 20 de novembro, Dia da Consciência Negra. A culminância das iniciativas aconteceram nesta sexta-feira, 24.
Os estudantes participaram ao longo do mês de novembro das discussões e reflexões acerca da temática. Além da sociabilização, o aprendizado e o envolvimento com o universo da pesquisa marcaram as atividades.
Escola Estadual São Cristóvão
A Escola Estadual São Cristóvão, localizada em Aracaju, realizou nesta sexta-feira, 24, a culminância do Projeto da Consciência Negra. Com muita diversão e arte os estudantes realizaram diversas apresentações culturais.
O evento contou com Exposição sobre a Cultura Africana, Oficina de turbantes; Oficina de Maculelê. Além disso, fez parte da programação a apresentação de dança com os alunos, de coreografia da professora Patrícia Rose de Santana; desfile da beleza afro-brasileira e ainda Roda de capoeira.
Para a diretora, Lucimara Mangeri, a realização de atividades como esta, no espaço escolar, só comprova a preocupação em oferecer aos estudantes uma formação cidadão. "Todo o corpo docente se envolveu na iniciativa, isso demonstra comprometimento e dedicação", disse.
A idealizadora do projeto é a professora Jaqueline Freire. Para ela, é um momento importante essa culminância. "Particularmente eu gosto muito da cultura negra e essa atividade só vai acrescentar conhecimentos aos participantes acerca da formação histórica do País", ressaltou. "O objetivo o projeto é promover a valorização da cultura étnico-racial", complementou.
Os estudantes não disfarçavam a alegria por participarem das ações. Com sorriso no rosto, a pequena Jade Evenlyn Cortes, aluna do 5° ano, comentou o que aprendeu com este projeto pedagógico. "Gosto muito da cultura negra e a minha escola me enche de orgulho por realizar um evento tão lindo", comentou.
A estudante do 5° ano, Katilly Grazielle Santos, diz que compartilhou tudo que aprendeu com os amigos. "Essa atividade é fantástica". Para Julia Camily Rodrigues, 5° ano, disse que o mais chamou atenção foi saber os aspectos gastronômicos. "Considero muito importante entendermos mais sobre a culinária". Já Mikaeley Lima, 5° anos, destacou que é necessário eliminar todas as formas de preconceito. "Somos todos iguais e independente da cor todo mundo merece ser respeitado", ressaltou.
O membro do Grupo Folclórico de Laranjeiras, João Pereira, na oportunidade ministrou a Oficina de Maculelê. "É importante a discussão no espaço escolar sobre esta temática. Dessa maneira, colabora de forma significativa para promover a eliminação do preconceito étnico racial", declarou. Jucierde Azevedo, membro da movimento negro, realizou a oficina de turbantes. "As crianças gostam muito das atividades. Além disso, reflete como mais uma oportunidade para conhecer um pouco mais sobre a cultura negra", afirmou.
Centro de Excelência Maria Ivanda de Carvalho e o Colégio Estadual Ivo do Prado
O Centro de Excelência Maria Ivanda de Carvalho realizou nesta sexta-feira, 24, o cortejo cultural. Os estudantes saíram da unidade escolar e percorrendo a região dos bairros 18 do Forte, Cidade Nova e Santos Dumont, em Aracaju, e terminou com uma apresentação cultural no Colégio Estadual Ivo do Prado.
O diretor da do Colégio Estadual Ivo do Prado, Jorge Prata, elogiou a atuação dos estudantes e a organização do evento. "É extremamente enriquecedor promover esta integração entre os estudantes da região. Além disso, os jovens aprendem muito com o envolvimento em projetos pedagógicos", disse.
"Essa atividade é muito interessante, aprendemos muito e ainda é a oportunidade de conhecer os colegas de outras unidades escolares", afirmou Manuela Carvalho, aluna do 1° ano do Colégio Estadual Ivo do Prado.
A aluna do 2° ano do Centro de Excelência Maria Ivanda de Carvalho , Anne Caroliny Lima da Conceição, afirmou que os professores se comprometeram. "O sucesso do evento deve-se também ao envolvimento dos professores", afirmou. Para o jovem Lucas Gabriel Teles, do 2° ano, comentou que aprendeu mais sobre os aspectos históricos e culturais dos estados do Nordeste. "Os estudantes e também a sociedade precisam saber mais acerca da influência negra na nossa cultura".
A professora de artes e idealizadora do evento, Adalcy Costa, comenta que o projeto está na 9ª edição. "A atividade já é esperada pelos moradores da região e comunidade escolar". A diretora, Adriana Hora, explicou que o cortejo é mais uma etapa do Projeto Cultural Nossa Consciência. "As turmas pesquisaram os aspectos culturais de cada Estado", complementou. A diretora explicou que, em outra etapa do projeto, haverá apresentações de grupos de trabalhos dos alunos no dia 30 de novembro, às 13h, no teatro Lourival Baptista.
Escola Estadual Frei Inocêncio
Na Escola Estadual Frei Inocêncio, em Nossa Senhora do Socorro, unidade escolar circunscrita à Diretoria Regional de Educação 8 (DRE 8), realizou nesta sexta-feira, 24, o Festival Anual de Dança do Frei Inocêncio. Neste ano tema do projeto foi "Na Cultura da Dança as Raças se Misturam".
"Os estudantes irão apresentar danças inspiradas nos ritmos africanos. É necessário que os jovens conheçam a própria história. Assim se reconheçam enquanto negro para lutar pelos direitos", salientou a secretária Leila Soares.
A iniciativa contou com a participação de todas as turmas. "Os discentes se envolveram nas atividades. É importante que os alunos percebam a diversidade cultural", declarou.
Colégio Estadual Alencar Cardoso
O Colégio Estadual Alencar Cardoso, localizado em Salgado, unidade escolar circunscrita à Diretoria Regional de Educação 2 (DRE2), realizou nesta sexta-feira, 24, o Sarau Raízes Afro – Africanidade em ritmo, verso e prosa.
O coordenador, Darlysson Wesley da Silva, comentou que durante a programação os estudantes assistiram a palestra proferida pelo professor do departamento de história da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Flávio Nascimento que falou da situação do negro hoje no Brasil.
"Momentos como este são importantes para valorizar os aspectos da cultura afro na formação do cidadão e ainda promover a eliminação do preconceito por meio do conhecimento", destacou Darlysson Wesley da Silva. O evento contou com apresentação de teatro, dança, capoeira e ainda degustação de pratos da culinária africana.
