Secretário Josué Modesto dialoga com movimentos estudantis e apresenta diagnóstico e propostas para a Educação Pública do Estado

Por Ítalo Marcos
Fonte: Ascom/ Seduc

 

O secretário de Estado da Educação, do Esporte e da Cultura (Seduc), professor Josué Modesto dos Passos Subrinho, recebeu na manhã desta quarta-feira, 24, líderes do movimentos estudantis para um diálogo franco sobre a situação da Educação em Sergipe. O encontro foi realizado na sala de reuniões da Seduc e contou com a participação de representantes da União Sergipana dos Estudantes Secundários de Sergipe (Uses), União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), União Metropolitana dos Estudantes Secundaristas de Aracaju (Umesa), além de alunos dos colégios estaduais Secretário Francisco Rosa Santos, Nelson Mandela, Professor João Costa e Ivo do Prado. O encontro foi intermediado pelo Departamento de Apoio ao Sistema Educacional (Dase), através de seu diretor, Fábio Leite.

 

Durante a reunião, o secretário Josué Modesto fez uma explanação do Diagnóstico e Propostas para a Educação Pública do Estado, com alguns dados educacionais de Sergipe e ações que o Governo está implementando, em caráter permanente. "O que dá sentido às ações que a Seduc está desenvolvendo é a ideia de que a Educação deve ser tratada como uma política de Estado. É um processo de longo prazo, que precisa de ações duradouras e independentes das pessoas que estejam na gestão", afirmou.

 

Entre as mudanças que vêm ocorrendo recentemente, professor Josué Modesto citou o processo de escolha de diretor das Diretorias Regionais de Educação e diretor de escolas, o qual antes era feito por indicação política, e que agora está se dando por um transparente processo seletivo. Ele explicou que para entender os problemas da Educação é preciso analisá-los através de dados reais, e assim o fez na reunião através do Diagnóstico.

 

Diagnóstico

 

O secretário mostrou informações sobre diversos pontos específicos, como o percentual da população que frequenta a escola, dados da distorção idade-série, níveis de proficiência em leitura, Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), entre outros. "Sobre o Ideb, no ranking brasileiro, nós evoluímos em todas as amostragens, como nos anos iniciais, finais e ensino médio", explicou, ressaltando que os índices ainda estão longe das metas do Plano Nacional de Educação (PNE). Outro ponto em que Sergipe evoluiu foi o percentual da população que frequenta a escola. "Temos aqui um dado muito bom, pois nesse quesito, Sergipe está acima da média brasileira e nordestina", afirmou.

 

Ainda na apresentação do Diagnóstico da Educação, o secretário explanou dados sobre remuneração do magistério, informações demográficas, alimentação escolar, contratação temporária de professores e o número de docentes cuja formação superior está adequada. "Nossa média é bem melhor que a do Nordeste e do Brasil. Na nossa rede estadual, praticamente cem por cento dos nossos professores têm ensino superior", declarou.

 

Propostas de ação

 

Diante do diagnóstico apresentado, o secretário de Educação propôs uma série de ações a serem implementadas, como a oferta plena dos componentes curriculares no ano letivo, programas de combate à distorção idade-série, política estadual de Educação de Jovens e Adultos, padronização do calendário escolar da Educação Básica, promoção de mecanismos de colaboração entre os sistemas de ensino do Estado e dos municípios, entre outros.

 

Além disso, há no documento de propostas de ação a promoção da não violência nas escolas, atividades extracurriculares, reestruturação da rede estadual de Educação Básica, etc.

 

Diálogo

 

Após a explanação, o secretário abriu espaço para que os estudantes pudessem se manifestar e fazer questionamentos. "É importante lembrarmos a legitimidade dos grêmios e entidades estudantis nas escolas e passaremos essas orientações aos diretores das unidades de ensino. Hoje os alunos levantaram questões muito importantes, que mostram o grau de maturidade", disse o secretário, em seu balanço sobre a reunião.

 

Os líderes estudantis elogiaram a oportunidade do diálogo com o gestor da pasta da Educação. Foi o caso da presidente da União Sergipana dos Estudantes Secundários de Sergipe (Uses), Lizandra Dawany. "Para nós esse é um momento muito importante, enquanto movimento estudantil, para estarmos observando a vivência da Educação aos olhos do secretário, com os dados técnicos que ele nos trouxe. Acho que vem a acrescentar muito em nossa formação. A gente também está passando a realidade dos estudantes da escola pública, não baseada em dados, mas em um processo de vivência do nosso dia a dia. Acredito que foi muito importante porque conseguimos tirar ideias muito boas. Essa relação amistosa entre os estudantes e a Seduc só ajudará na Educação do nosso Estado", declarou.

 

Quem também se mostrou satisfeito foi o diretor da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), Márcio Ângelo. "É um primeiro grande passo de muitos que a gente espera ter no futuro, principalmente pela efetivação do diálogo e da democracia dentro do espaço institucional, que é a Seduc. A gente espera que isso se perpetue mais vezes, porque é um grande avanço para que, de fato, se implemente a política pública educacional no cotidiano. O secretário dá um grande passo nesse primeiro ano de governo para que tenhamos resultados concretos e que a gente atinja os índices esperados", afirmou.

 

Presenças

 

 

Estiveram presentes à reunião a chefe de Gabinete da Seed, Rosilene Maria Santos; o diretor do Departamento de Apoio ao Sistema Educacional (Dase), Fábio Leite; a assessora do Dase, professora Marieta Barbosa;  o coordenador geral do Fórum Estadual de Educação, professor Jonas José de Matos Neto; o assessor especial do Gabinete, professor Cláudio Macedo, e a diretora da Assessoria de Comunicação da Seduc, Gleice Queiroz.

 

 

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